O encarregado de assuntos da Missão Permanente da Santa Sé junto à ONU, dom John Putzer, chamou a comunidade internacional a “passar da declaração à ação” e receber os refugiados que a tomada do poder por parte dos extremistas talibãs no Afeganistão gerou.

Durante a 31ª sessão especial do Conselho de Direitos Humanos em 24 de agosto, dom Putzer falou sobre “as graves preocupações sobre os direitos humanos e a situação no Afeganistão” e disse que a Santa Sé “seguiu com grande atenção e profunda preocupação” o avanço das dificuldades que o país vive.

Dom Putzer frisou que a Santa Sé exorta a reconhecer e defender “o respeito pela dignidade humana e os direitos fundamentais de cada pessoa, incluindo o direito à vida, à liberdade de religião, o direito à liberdade de circulação e de reunião pacífica”.

“Neste momento crítico, é de vital importância apoiar o sucesso e a segurança dos esforços humanitários dentro do país, com espírito de solidariedade internacional, para não perder os avanços alcançados, especialmente na área de saúde e educação”, afirmou.

Por fim, disse que a Santa Sé tem a convicção de que o diálogo é “a ferramenta mais poderosa para alcançar essa paz” e a esperança de “uma resolução pacífica e rápida das tensões atuais”.

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Os talibãs retomaram ao poder no Afeganistão pelas armas em 15 de agosto, após uma ofensiva contra as forças do governo em apenas três meses. Depois de tomar a capital Cabul, os talibãs renomearam o país como “Emirado Islâmico do Afeganistão”.

A última vez que o grupo radical muçulmano governou o Afeganistão, na década de 90, fortes proibições culturais e religiosas foram impostas, como a restrição do acesso das mulheres ao mercado de trabalho e a obrigação de usar a burka, vestido que, na melhor das hipóteses, só deixam destapados os olhos das mulheres.

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